O Yoga é uma prática que trabalha a integração e o equilíbrio do ser humano como um todo. Para que esta vivência seja plena é preciso compreender os seguintes procedimentos, essenciais para se alcançar os objetivos:
– Numa prática de Yoga é necessário que modifiquemos nossos hábitos mecânicos de lidar com o corpo.
– Quando executamos um ásana (postura psicofísica) ou pranayama (respiratórios), além das outras técnicas, é necessário que a consciência penetre o corpo, preenchendo cada célula, e suavemente, conduza as ações corporais, associadas à respiração.
– É importante que tenhamos em mente que não estamos fazendo um exercício puramente físico, pois a ação mental que acompanha o desenvolvimento das posturas é fundamental para que esta esteja de acordo com os princípios integradores do yoga.
– As posturas deixam o corpo flexível, fortalecido, equilibrado. Mas isto é uma consequência superficial de um trabalho mais profundo que um ásana proporciona, como tornar o corpo mais energizado e leve.
– A atitude correta numa postura nos leva às descobertas da superfície do corpo e do interior do corpo. Da sensação da pele à consciência dos órgãos. Da percepção do corpo denso, material ao corpo sutil, energético.
– Quando integramos corpo e mente num ásana, se estivermos presentes e atentos, podemos perceber as modificações do estado mental que conduz a um equilíbrio físico e psíquico.
– A atitude correta numa prática de yoga, é estar presente para perceber o seu corpo, sua mente, sua respiração. E assim integrar corpo, consciência e energia, para Ser Inteiro.
– A atitude correta também é equilibrar a firmeza e a descontração. Uma postura não deve ser rígida demais a ponto de gerar tensão. Nem relaxada demais a ponto de perder o apoio de sustentação firme. Lembre-se sempre: toda postura tem um princípio básico: base firme e equilibrada, coluna alinhada, tronco e cabeça confortáveis. Assim como nos ensina a postura da montanha (tadásana).
– O mestre Sat Cit Ananda tem um bom conselho: pegue leve, mas não seja preguiçoso.
– Por isto, o esforço empregado para se executar as posturas não deve ser excessivo. Você deve estar firme, concentrado, mas também flexível, receptivo. Esse é o caminho do meio, empregado em todos as técnicas do yoga, para que realmente exercitemos o equilíbrio.
– A não violência (Ahinsa) é um fundamento da verdadeira prática do Yoga. Esta é uma atitude que garante a harmonia da prática e uma medida segura para se evitar lesões.
– Veja seu corpo como um templo em que seu espírito se edifica. Cuide bem dele, com carinho e sem agressões. Portanto, evite movimentos bruscos.
– A humildade é uma outra atitude importante dentro da prática e que ajuda a zelar pelo princípio da não violência. Uma boa prática de yoga ajuda a aparar as arestas do ego.
– Desta forma, é muito importante que, quando o professor oferecer opções de executar posturas mais fáceis ou mais avançadas, você escolha a permanência naquela em que seu corpo alcançar mais equilíbrio. Você pode sentir o alongamento e fortalecimento, podando o esforço excessivo que desarmoniza a postura.
– Se ao executar uma postura, você perder a consciência corporal é um sinal de alerta que você deixou de executar um ásana de Yoga e passou a fazer um exercício físico mecânico.
– Muito alunos ficam frustrados por se esbarrarem na limitação do seu corpo ao se arriscarem nas posturas mais avançadas. Alguns chegam a forçar a barra com seu corpo e deixam de executar uma postura mais simples, mas realizada corretamente, com harmonia, para se desafiar numa postura mais avançada, só que executa com desequilíbrio e incorretamente.
– Esta é uma atitude que não está de acordo com os objetivos mais profundos do yoga.
– Se você se esbarrar com limitações no corpo ao executar uma postura, trabalhe carinhosamente a partir desta limitação. Seja benevolente consigo mesmo. Os obstáculos internos e externos são desafios que devem ser superados com sabedoria e equilíbrio, para que possamos crescer com eles.
– Cada corpo carrega uma história. Respeite a história do seu corpo. Numa prática de yoga, não se compare com algum aluno que tem maior flexibilidade ou força que você.
– Simplesmente seja o que você é. E aproveite plenamente o momento para lapidar seu corpo e mente, sendo paciente com suas limitações e dando passos pequenos, mas firmes, para se evoluir na prática de Yoga.
Namastê (O Deus em mim saúda o Deus em ti)!